quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A árvore que dava dinheiro



Opinião: Este livro foi o que eu mais gostei.
Espécie de narrativa: Conto
Autor: Domingos Pellegrini


Havia no povoado Felicidade, um velho rico, mas unha de fome. Morava num belo sobrado que comprara da viúva do fundador desse lugar. Vivia numa extrema economia que chamava a atenção das pessoas. Almoçava sempre feijão com chuchu e jantava chuchu com arroz. Comprou muitas casas e tomou posse de outras, que emprestando dinheiro a juros, tomava-as dos que não podiam lhe pagar. Quando morreu, agitou o povoado. Todos o velaram esperando a sua parte. Deixou o sobrado para a sua velha empregada e as casas alugadas para os próprios inquilinos. Era lua cheia e noite estrelada. Fizeram uma festa com muita euforia. Pobre cadáver: foi enterrado como indigente num caixão sem verniz e sem flores. Deixou três sementes para que plantassem em cerimônia pública. Fazia parte do testamento. Das três sementes, apenas uma vingou. Cresceu rápido, aguada por um cachorro, desenvolveu uma flor de uma pétala só: uma nota de dinheiro. Foi encontrada por um garoto que a levou à sua mãe, a qual pôde assim, suprir algumas carências de sua casa. Certo dia, mediante um vendaval, caíram muitas notas ainda inacabadas, provocando um corre-corre de gente olhando o chão, procurando a outra parte de suas notas. Daí então, sempre ocorria de alguém encontrar algumas notas no chão, embora não intencionalmente, porém ninguém comentava um com o outro. Quando as notas voltaram a cair, a multidão avançando pegava suas notas e pedaços de galhos para plantar em suas casas. Estavam enlouquecidos: queriam aquele tesouro mais ao seu alcance. As plantas começaram a se reproduzir. Chegou a primavera. Olhavam ansiosos as flores que brotavam no cume da árvore, de olhos duros, sem piscar, aguardando as notas voarem. Parecia uma eternidade! O povoado ficou cheio de dinheiro e de compras. Os comerciantes aumentavam exorbitantemente o preço de suas mercadorias. Todos se fartavam. Após um certo tempo, os comerciantes só queriam aceitar moedas, criando um problema para o povo. Passaram a fazer trocas de mercadorias, conforme as necessidades. A localidade encheu de turistas curiosos para conhecer as árvores que davam dinheiro.



Vinícius Garcia - 203



Vínicius este texto encontra-se na internet, tens que produzir um texto teu, único.
Profª. Denise

 

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